12 de março de 2012

[ESPECIAL] Jornalismo Literário


Vamos indo ao terceiro autor do especial, Jornalismo Literário...

Esperamos que estejam curtindo e curta o poeta e músico dessa semana, pois assim como das outras semanas, este autor não era jornalismo, mas por força do destino e por ter o espírito de mudança e revolução, ele acaba entrando no nosso jornalismo.

Estamos falando, de Mário de Andrade, que com certeza vocês já ouviram falar dele, nem se for quando passou em frente a biblioteca que leva seu nome, localizada no centro da cidade de São Paulo.
Então fiquem com nossa terceira semana, de especial e divirta-se na leitura, sobre a a vida desse grande autor, que ajudou a revolucionar o cenário de arte de atualmente.



 Mário Raul de Moraes, filhos de Carlos Augusto de Andrade e Maria Luísa de Almeida Leite Moraes de Andrade, paulistano, nasceu dia 25 de Fevereiro de 1893,  foi de poeta, romancista, musicólogo, historiador, crítico de arte, fotografo,professor e colunista.

Mário de Andrade, como era é conhecido, sempre trabalhou com arte, principalmente a música, mas ele também já foi envolvido na política, juntamente com o escritor e arqueólogo Paulo Duarte, um Departamento de Cultura para a unificação da cidade de São Paulo (Departamento de Cultura e Recreação da Prefeitura Municipal de São Paulo), onde Andrade se tornou diretor.

Andrade foi a força motriz, junto com o Oswald de Andrade, por trás da Semana de Arte Moderna, evento ocorrido em 1922 que reformulou a literatura e as artes visuais no Brasil.

Em 1922, ao mesmo tempo que preparava a publicação de Pauliceia desvairada,revista que Andrade trabalhou com Anita Malfatti e Oswald de Andrade na organização de um evento que se destinava a divulgar as obras deles a uma público mais vasta: a Semana de Arte Moderna, que ocorreu no Teatro Municipal de São Paulo entre os dias 11 e 18 de fevereiro. 

Além de uma exposição de pinturas de Malfatti e de outros artistas associados ao modernismo, durante esses dias foram realizadas leituras literárias e palestras sobre arte, música e literatura. Andrade foi o principal organizador e um dos mais ativos participantes do evento, que, apesar de ser recebido com ceticismo, atraiu uma grande audiência. Andrade, na ocasião, apresentou o esboço do ensaio que viria a publicar em 1925, a A Escrava que não é Isaura.

Os membros do Grupo dos Cinco continuaram trabalhando juntos durante a década de 1920, período durante o qual a reputação deles cresceram e as hostilidade por às suas inovações estéticas foram gradualmente diminuindo. Mário de Andrade trabalhou, por exemplo, na "Revista de Antropofagia", fundada por Oswald de Andrade, em 1928. Mario e Oswald de Andrade foram os principais impulsionadores do movimento modernista brasileiro. De acordo com Paulo Mendes de Almeida, que era um amigo de ambos.


Mudou-se para o Rio de Janeiro para tomar posse de um novo posto na UFRJ, onde dirigiu o Congresso da Língua Nacional Cantada, um importante evento folclórico e musical. Em 1941 retornou para São Paulo e voltou ao antigo posto do Departamento de Cultura, apesar de não trabalhar com a mesma intensidade que antes.

Andrade morreu em sua residência em São Paulo devido a um enfarte do miocárdio, em 25 de fevereiro de 1945, quando tinha 52 anos. Dadas as suas divergências com o regime, não houve qualquer reação oficial significativa antes de sua morte. 

Dez anos mais tarde, porém, quando foram publicados em 1955, Poesias completas, quando já havia falecido o ditador Vargas, começou a consagração de Andrade como um dos principais valores culturais no Brasil. Em 1940 foi dado o seu nome à Biblioteca Municipal de São Paulo.


O trabalho do poeta, era ampliar seu trabalho sobre música e folclore popular, ao mesmo tempo 
organizar exposições e conferências. As missões resultaram um vasto acervo registrados em vídeo, áudio, imagens, anotações musicais, dos lugares percorridos pela Missão de Pesquisas Folclóricas, o que pode ser considerado como um dos primeiros projetos multimédia da cultura brasileira. O material foi dividido de acordo com o caráter funcional das manifestações: músicas de dançar, cantar, trabalhar e rezar. Trouxe sua coleção fonográfica cultura para o Departamento, formando uma Discoteca Municipal, que era possivelmente as melhores e maiores reunidas no hemisfério.

Segue abaixo suas obras oficialmente publicadas, já que ele era um poeta, músico, colunista e com alma de revolucionário, assim como eram os jornalistas da época, então, pode ser, que tenha algo perdido de Andrade, por este mundão de meu Deus, mas segue logo abaixo. 


Obras publicadas: 

Há uma Gota de Sangue em Cada Poema, 1917
Pauliceia Desvairada, 1922 (tendo seu lançamento na Semana de 1922)
A Escrava que Não É Isaura, 1925
Losango Cáqui, 1926
Primeiro Andar, 1926
O clã do Jabuti, 1927
Amar, Verbo Intransitivo, 1927
Ensaios Sobra a Música Brasileira, 1928
Macunaíma, 1928 (obra mais conhecida do autor)
Compêndio Da História Da Música, 1929 (Reescrito como Pequena História da Música Brasileira, 1942)
Modinhas Imperiais, 1930
Remate de Males, 1930
Música, Doce Música, 1933 
Belasarte, 1934
O Aleijadinho de Álvares De Azevedo, 1935
Lasar Segall, 1935
Música do Brasil, 1941
Poesias, 1941
O Movimento Modernista, 1942
O Baile das Quatro Artes, 1943
Os Filhos da Candinha, 1943
Aspectos da Literatura Brasileira 1943
O Empalhador de Passarinhos, 1944
Lira Paulistana, 1945
O Carro da Miséria, 1947
Contos Novos, 1947
O Banquete, 1978 (Editado por Jorge Coli)
Dicionário Musical Brasileiro, 1989 (editado por Flávia Toni)
Será o Benedito!, 1992
Introdução à estética musical, 1995 (editado por Flávia Toni)

Por : @pii_littrell

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