12 de outubro de 2013

[TOTAL FLEX] Criança sempre!


Dia 12 de outubro é comemorado o dia das crianças, essa fase maravilhosa da vida em que problemas não existem, discussões são apenas para não dividir o brinquedo e sonhar é fácil. Quando criança eu me lembro bem que não queria crescer, e quando mostrava meus desenhos de homens com pernas coladas na cabeça minha mãe elogiava e dizia que estavam lindos (quanta generosidade), me recordo dos “PARA CASA” do período escolar no “Jardim Dom Paulo” que pareciam riscos enormes e desafiadores, me lembro de aprender a dirigir na máquina de costura que tinha lá em casa esquecida no canto, era bom quando o meu pai me dava R$ 1,00 e eu realmente acreditava que aquele dinheiro dava pra comprar todos os doces vendidos na escola pela dona Vanda que ficava cercada no trailer branco. Me lembro ainda de quando o papai vinha e encostava sua barba nas minhas bochechas (e como espinhada!!!) e dizia: “Você é de que quem?” e eu com a resposta mais que ensaiada devido as diversas vezes que fui questionada respondia com um sorriso nos lábios: “Do senhor papai”. Brincadeiras de rua, primos (as), amigos (as), travessuras, encrencas, dias de sol, tardes de chuva, noites com estrelas.

A minha infância foi o momento em que com o coração eu enxerguei o mundo, ou ao menos parte dele sem intervenções alheias que pudessem construir minha opinião, não tinha noticiários e muito menos argumentos quem fizessem construir algum conceito, eu tinha o meu próprio conceito da vida, e do jeito que ela deveria ser vivida, tanto conceito e cheia da opinião que eu gostava tanto do Natal (como ainda gosto) que acreditava que aquele clima natalino duraria enquanto houvesse uma árvore de natal e minha casa e as luzinhas continuassem a piscar, eu acreditava fielmente que na noite do natal o menino Jesus levava o Papai Noel lá em casa pra poder um novo presente me da. Talvez o Natal seja de fato isso, enquanto houver alguma luz acesa dentro de nós mesmos as coisas boas prevalecem. Talvez essa seja a explicação da pureza infantil: Crianças constroem sua própria verdade com base naquilo em que realmente acredita e os princípios passados pelos seus pais e pessoas que convivem dentro da mesma casa.

Hoje aos 24 anos no ápice da minha juventude olho pra minha sobrinha (minha pequena Marianny de 3 anos) e vejo muito de mim nela, e ao mesmo tempo não vejo nada, ela se rende aos encantos da sua infância sem ao menos imaginar que aquele período será o melhor da sua vida e ela vai ser recordar em memorias distantes quase apagadas de tudo que vivemos hoje, até gosto de saber que vou fazer parte de suas memorias, assim como hoje tenho as lembranças de tudo que vivi quando criança, é engraçado pensar mas existem pessoas além da minha família que fazem parte da construção do meu eu que se quer imaginam que no mergulhar dos meus pensamentos as vejo, praticando exatamente o que eu vi na infância, gostaria de citar alguns personagens que fizeram parte da minha dramaturgia infantil: O “Seu Baiano” do picolé, a dona Aurora que limpava a igreja, o Jandair um andarilho que eu o via andando pelas ruas do meu bairro, a moça da padaria, a tia Karine (professora da quarta-série), a moça que vendia doces na porta da escola, a Luana uma amiga da escola que nunca mais a vi mas me lembro exatamente da sua feição de criança e um pouco das nossas conversas no recreio, a menina que me atendia na papelaria “Coisa e Tal” e eu não gostava da cara dela, o Cássio da Vila Belém... São tantos personagens que se apresentaram, que tiveram algumas pontas, algumas conseguir rever, e outras estão por ai perdidas em mundo gigante e que para reencontra-las eu gostaria que fosse pequeno.

Feliz Dia das Crianças!!!

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