1 de setembro de 2012

O palácio de Salvador

Fachada do Palácio Rio Branco

Passei algumas vezes pela Praça Tomé de Souza, em Salvador, e percebi um casarão branco, bonito, não tão bem pintado como deveria estar, mas nem por isso perde seu destaque e importância. Por vezes me perguntava o que seria aquilo até que disseram-me ser o Palácio Rio Branco. 

Visitei o monumento nesta semana e quão longe não foi minha imaginação ao estar no centro de um dos salões e numa espécie de varanda voltada para Baía de Todos os Santos. O palácio foi construído há mais ou menos cinco séculos para sediar o trabalho dos administradores portugueses na recém-encontrada terra e hospedou importantes personalidades da alta sociedade, como Governadores Gerais, Imperadores, Governadores do Estado Republicano e Presidentes de Províncias. Há trinta anos foi desativado como centro do poder executivo e hoje é ocupado pela Fundação Pedro Calmon e pela Fundação Cultural. 

Além das ampliações posteriores à sua construção, o palácio passou por algumas reformas. A mais notável ocorreu depois do bombardeio que alguns pontos da cidade sofreram a mando do então presidente da república Hermes da Fonseca, em 1912. Após a reconstrução, o Rio Branco foi reinaugurado em 1919 e recebeu este nome em homenagem a um dos maiores estadistas do país, o Barão de Rio Branco - figura importante na história brasileira por consolidar as fronteiras do Brasil, por meio de processos arbitrários ou de negociações. 

Em 1984, o prédio passou por outra restauração devido ao péssimo estado de conservação que se encontrava e hoje é considerado um bom destino para os turistas ou cidadãos da cidade que desejam apreciar um pouco mais a Baía de Todos os Santos ou conhecer a história da Bahia de todos nós.

Além das fundações culturais, o Palácio Rio Branco abriga o Memorial dos Governadores. No espaço estão reunidas peças, objetos e documentos dos governadores do estado, como livros, uniformes, espadas, louças, medalhas e prêmios. O local está aberto para visitação de terça a sexta-feira, das 10h às 18h, e sábado e domingo, das 9h às 13h. A entrada é franca e a saída é carregada de riqueza cultural. 



Originalmente publicado em www.upsobretudo.blogspot.com
Por Estela Marques

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