Nós d'O Barquinho Cultural, já fizemos diversas homenagens aqui no Cantinho Literário, como Machado de Assis, que é rei dos tributos por aqui, mas também teve, Nelson Rodrigues, Jorge Amado, uma semana só com jornalistas literários, especiais de datas marcantes da área literária, como a Semana de 22, entre outras homenagens.
Para não perder a pauta da semana passada a qual publicamos até o vídeo dos alunos do colégio São Francisco Xavier, nos iremos dar continuidade na onda das crianças que homenageou a escritora com uma singela homenagem na 22ª edição da Bienal do Livro de São Paulo, e colocar a Tatiana, no 'hall' das homenagens aqui em nossa embarcação. (clique aqui para ver o vídeo das crianças)
Então sem mais delongas, vamos pegar o barco e entrar em alto mar com mais um especial literário aqui em nosso Cantinho.
Tatiana Belinky, nasceu em São Petersburgo, Rússia, no dia 18 de março de 1919, mas chegou com a família ao Brasil aos dez anos de idade, fugindo das guerras civis que assolavam a então União Soviética, nesta altura, Tatiana já falava russo, alemão e letão.
Aos dezoito anos, após concluir um curso preparatório, começou a trabalhar como secretária-correspondente bilíngue, nos idiomas português e inglês.
Aos vinte ingressou no curso de Filosofia da Faculdade São Bento, mas abandonou, mas logo em seguida se casou com o médico e educador Júlio Gouveia, em 1940, tendo dois filhos.
No ano de 1948, começa a trabalhar em adaptações, traduções e criações de peças infantis para a prefeitura de São Paulo em parceria com o marido. Em 1952 encenam "Os Três Ursos" em pedido da TV Tupi, que atinge grande sucesso, o êxito deste trabalho foi definitivo para a carreira da escritora iniciante.
O casal é convidado a ter um programa fixo na emissora, Tatiana e Júlio fazem a primeira adaptação de o "Sítio do Picapau Amarelo", de Monteiro Lobato. O trabalho do casal na Tupi seguiria até 1966. Neste ínterim, Tatiana Belinky recebe seus primeiros prêmios como escritora, além de tornar-se presidente da CET (Comissão Estadual de Teatro de São Paulo).
Em 1972 passa a trabalhar na TV Cultura e em grandes jornais do estado de São Paulo, como a Folha de São Paulo, o Jornal da Tarde e O Estado de São Paulo, escrevendo artigos, crônicas e crítica de literatura infantil.
Finalmente, em 1985, Tatiana Belinky desponta como escritora de livros, colaborando em uma série infanto-juvenil. Em 1987 publica o primeiro livro: "Limeriques", pela editora FTD, baseando-se nos limericks irlandeses. A partir desta publicação, Tatiana passa a trabalhar fervorosamente sobre novas criações, chegando a escrever mais de cem obras. Suas publicações são acompanhadas por vários prêmios literários, entre eles o célebre Prêmio Jabuti, recebido em 1989.
De sua vasta obra, destacam-se "Coral dos Bichos", "Limeriques", "O Grande Rabanete", "Di-versos russos", "Limerique das Coisas Boas", entre outros, nestes últimos anos, Tatiana Belinky tem também publicado livros de crônicas e memórias.
Em 2010, no dia 15 de abril ocorreu a sessão de posse da Academia Paulista de Letras, passando a ocupar a cadeira 25 e tendo sido recebida pelo Acadêmico Francisco Marins.
Confira abaixo um vídeo do pessoal do Quintal da Cultura, contando O caso do Bolinha, da Tatiana Belinky.
Nenhum comentário:
Postar um comentário