13 de julho de 2012

Cabine da Pipoca

por Estela Marques
Foto: Internet

Tenho certa dificuldade em me encontrar no tempo e, pelo caminhar da nossa carruagem tecnológica, acreditar que há mais ou menos sessenta anos uma figura do rock apareceu nas telonas. Sim, são tantos que resolvem desenvolver a carreira de ator paralela à de cantor que a impressão tida por mim é a de que esse costume existe há muito tempo. Sessenta anos é pouco.

A figura do rock que mais associamos aos cinemas é a do rei do rock'n roll. Elvis Aaron Presley estrelou seu primeiro filme,Love me Tender, em 1956. O faroeste preto e branco promoveu a canção de mesmo nome do rei, como também serviu para que o próprio alavancasse como ator e chegasse a gravar dois ou três filmes num mesmo ano. Todos tinham a mesma fórmula Elvis: rapaz pobre, adorado pelas mulheres, briguento e cantor nas horas vagas; o pouco que mudava era a profissão das personagens e o cenário. De qualquer modo, Elvis pretendia uma carreira em Hollywood, independente da sua vida musical. Diferente do seu empresário, que via a aparição nas telonas como meio de vender as trilhas sonoras e os discos. Os longas não foram os únicos trabalhos de Presley no cinema. Ele chegou a participar de alguns documentários, como Elvis era assim(1970) e Elvis triunfal.

Contudo, quem começou aparecendo nos longas foi Bill Haley. O cantor, junto ao seu grupo musical, Os Cometas, estrelou o filme Ao Balanço das Horas (Rock Around the Clock, 1956), no qual tinha suas canções apresentadas junto à presença de outras bandas, como The Platters, e músicas, como "Only You" e "The Great Pretender" e conta a história do dono de uma banda musical que ouve o rock'n roll ao passar por uma cidade pequena e logo prevê seu sucesso. O filme foi censurado no Brasil para menores de 18 anos. No dia da estreia, os jovens que estavam nos cinemas levantaram de suas poltronas, puxaram suas garotas e lá mesmo começaram a dançar ao som daquele ritmo contagiante e sensual, o que se tornou um escândalo aos olhos do então prefeito de São Paulo, Jânio Quadros. 

A parceria entre a música e o cinema existe há muito tempo e vários singles foram imortalizados graças a esse meio tão envolvente e contagiante. No rock, temos vários exemplos disso: Metallica e "I Disappear", marcada pelo filme Missão Impossível 2; Elvis Presley e "Love me Tender", no filme de mesmo título da canção; Queen e "We are the Champions", em Alta Fidelidade e, por fim, Steppenwolf interpretando "Born to be Wild", em Easy Rider, no vídeo a seguir.

Feliz dia do rock, bebê!


Nenhum comentário:

Postar um comentário

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...