Pelas andanças por São Paulo em um sábado a noite e ao a vistar a Casa das Rosas, não resisti e tive que adentrar, pois estava toda iluminada e diferente do comum (ok, que a Casa das Rosas, chama atenção até quando não há nada ocorrendo por lá, pois só a casa em si, já te cativa.. hehe), então foi ai que entrei e vi o que aconteciam performances poética literária.
Então por isso, aqui estou passando um pouco do monólogo literário do Grupo Sensus, "O Ritual dos Setes" e espero que vocês curtam e vão conhecer um pouco sobre essa exposição poética - performática, pois quem ama a literatura e teatro, vai se emocionar e comover ao ver esta arte.
Abaixo segue as poesias que cada ator dizia em quanto atuava e também algumas fotos das performance...
Prólogo - (atuado pelo ator: Ed Zarpelão)
"Meus sentidos congelados. Incessante movimento.
A loucura na inconsciência do cotidiano.
Atado aos meus erros estou.
Sou culpado. Tudo é pecado."
Inveja - (atuado pela atriz: Kátia Valentim)
"O espelho do meu corpo me cega.
Cobiço insanamente a tua luz.
Meu medo. Minha incapacidade.
O negrume da minha alma refletida nos teus olhos."
Vaidade - (atuado pela atriz: Cris Ferratini)
"Meu corpo, minha vontade, minha inteligência e minha beleza...
O rio que me alimenta também rouba meu poder.
Eu quero a eternidade!
Porque eu sou e tudo será sempre meu.
Avareza - (atuado pelo ator: Arnaldo Ramalho)
"Lamento eternos e dores sem fim.
A velha ladainha que repito queixoso.
Ah! Todos estes desejos que me acorrentam.
E esta maldita ganância que sempre diz não!
Gula - (atuado pelo ator: Robson Alferi)
"Eu quero tudo e mais de tudo.
Quero a fartura que alimenta meu ego aprisionado.
Será que nada vai encher este buraco?
Rompo as cordas. Engulo a goela que grita e pede mais."
Luxúria - (atuado pelo ator: Juliano Hollivier)
"Deslizo pelos lençóis de tua imaginação.
Desperto o tesão, tua vontade inconfessa...
Vales e píncaros suados de gozo.
Prazer... o gemido que escraviza."
Ira - (atuado pela atriz: Valéria Lavieri)
"Você não vê?
Talvez me ignore?
Odeio a prisão do casulo seguro. Meu lar?
Vomito meu grito, que fere minh'alma."
Preguiça - (atuado pelo ator: ... ... ... ... ...)
"Eu não estou. Jamais estarei.
Porque me escondo acusando o outro.
Vivo enroscado nos troncos da minha inércia.
Sou o conforto enganoso da escuridão de quem nada faz."
(O ator dessa performance não estava, em verdade, como diz a poesia, não tinha ator!)
Desculpa que não tem foto da atuação do Prólogo e nem da Preguiça, mas é que não consegui tirar
uma foto que ficasse boa!
E se liguem, que na editoria de 4ª feira, com a escritora @ka_my ,terá a continuação desta publicação, pois ela irá falar sobre o Grupo Sensus...
Por: @pii_littrell
Nenhum comentário:
Postar um comentário