Não, jamais vou fazer isso. É apenas meu amigo. Nunca vai
pensar algo a mais, nem deve sentir nada por mim. Vou esquecer. Isso de tentar
apressar uma aproximação, forçando as coisas, nunca dá certo.
Eu sempre começo a conversar, me apaixono pelas fotos, me
apaixono pelas conversas, imagino um príncipe e, quando conheço pessoalmente,
vejo que não é aquilo que pensei. Provavelmente, dessa vez será assim. Enquanto
eu estou imaginando como pode ser nosso futuro, ele deve estar com outra
pessoa. Pensando em outra pessoa. Querendo outra pessoa.
Eu me sinto um lixo por não conseguir ao menos conquistá-lo.
Não consigo chamar a atenção dele, tampouco dizer que ele está sendo desejado
por mim.
Não vou mais provocar. Não vou mais chamar. Não vou mais
olhar as fotos e nem faço questão de tê-lo como amigo. Se ele estiver
interessado, ele virá conversar por vontade própria.
Mas e se ele também estiver confuso? E se ele estiver
esperando o meu próximo contato para também dizer que me quer? Pode ser que não
tenha percebido o quanto o quero. Talvez eu esteja perdendo a chance de ser um
pouco feliz ao lado dele...
Vou chamar para dizer um “oi”.
Perfeito, ele visualizou. Respondeu.
Perfeito, ele visualizou. Respondeu.
Agora o nervosismo tomou conta de mim e não sei o que
escrever.
“Gosto de você...” Ele visualizou. Dessa vez, não respondeu.
E agora? Eu não devia ter chamado. Que mancada! Deve estar
me chamando de idiota, por tabela.
Espera, ele está digitando... Ai, minha nossa...
“Também gosto de você... Como amigo!”
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