21 de outubro de 2013

[Cantinho Literário] Lygia Fagundes Telles - A escritora dos contos e das mudanças


A estrela da vez aqui em nosso Cantinho Literário, é a escritora paulistana, Lygia Fagundes Telles, que é dona da cadeira 28 da Academia Paulista de Letras, desde 1982 e a cadeira 16 da Academia Brasileira de Letras, desde 1985 e da Academia das Ciências de Lisboa, vaga deixada por Pedro Calmon, tomando posse em 12 de Maio de 1987.

Lygia é a quarta filha do casal Durval de Azevedo e Maria do Rosário Silva Jardim de Moura, que teve seu primeiro livro publicado, dois depois da separação de seus pais, no ano de 1938, o livro de contos, "Porão e sobrado", na qual teve ajuda de seu pai. No ano seguinte, que ela lançou seu primeiro livro, Lygia termina o curso fundamental no Instituto de Educação Caetano de Campos, na capital paulista e ingressa, em 1940, na Escola Superior de Educação Física e ao mesmo tempo, começa a freqüenta o curso pré-jurídico, preparatório para a Faculdade de Direito do Largo do São Francisco.

Quando a escritora, ingressou na faculdade de direito, no ano de 1941, ela também começou a participar de ativamente nos debates literários, onde conheceria Mário e Oswald de Andrade, Paulo Emílio Salles Gomes, entre outros nomes da cena literária brasileira, foi ai que Lygia entra para a história da Acadêmia de Letras, da faculdade, escrevendo para os jornais Arcádia e A Balança e ao mesmo tempo, trabalhava no Departamento Agrícola do Estado de São Paulo para pagar os estudos e para a sua própria subsistência. No ano de 1941, quando terminou o curso de Educação Física, ela conheceu a também poeta, que se tornaria sua melhor amiga, Hilda Hilst.

No ano de 1944, seu segundo livros de contos é publicado pela editora Martins, "Praia Viva" e no ano seguinte seu pai falace e Lygia participa junto com os colegas da faculdade, uma passeata contra o Estado Novo. Terminado o curso de Direito, em 1946, só três anos depois a escritora publica, pela editora Mérito, seu terceiro livro de contos, "O cacto vermelho", o volume recebe o Prêmio Afonso Arinos, da Academia Brasileira de Letras. 

Casa-se com o jurista Goffredo da Silva Telles Jr., seu professor na Faculdade de Direito que, ano de 1950, ele era deputado federal e mudam  para o Rio de Janeiro, onde funcionava a Câmara Federal e dois anos depois no ano de 1952, quando regressa a São Paulo, Lygia começa a escrever seu primeiro romance, "Ciranda de pedra", na fazenda Santo Antônio, em Araras, interior de São Paulo, a fazendo era propriedade de sua avó de seu marido, para onde viaja constantemente, escreve várias partes desse romance. Essa fazenda ficou famosa na década de 20, pois lá reuniam-se os escritores e artistas que participaram do movimento modernista, tais como Mário e Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral, Anita Mafaldi e Heitor Villa-Lobos.


Logo após sua volta a São Paulo, no ano de de 1953, sua mãe falece e ela fica grávida de seu único filho, Goffredo da Silva Telles Neto e também tem seu livro "Ciranda de Pedra", publicado, nas edições de O Cruzeiro, no Rio de Janeiro. Este livro de contos, hpa histórias do desencontro, é publicado pela editora José Olympio, do Rio de Janeiro, e é premiado pelo Instituto Nacional do Livro, em 1958.

A escritora lançou diversos livros, trabalhando com vários escritores famosos, como o jornalista e literário, Mário de Andrade, na qual lhe deu várias dicas e ensinamentos há ela, pois Lygia fala mais de três idiomas, é renomada em diversas partes no mundo, já participou de feiras do livro, como a Feira do Livro de 
Frankfurt, na Alemanha, em 1994, na qual ela lançou um livro de contos, "A noite escura e mais eu", que ganhou os prêmios de Melhor livro de contos, concedido pela Biblioteca Nacional, Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro e Prêmio APLUB de Literatura.

Seu livro "Invenção e Memória", foi agraciado com o Prêmio Jabuti, na categoria ficção, em 2001 e recebe, também, o "Golfinho de Ouro" e o Grande Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte, no ano de 2005, a escritora é condecorada com o prêmio mais importante de literatura, da língua portuguesa, o 
Prêmio Camões.

Lygia além de escrever diversos livros de romance e contos, que são suas habilidades, ela recebeu vários prêmios, desde condecorações na faculdade, até prêmios máximo da literatura, como a Prêmio Camões, que para um literário, é como receber um Oscar, isso significa na arte literária, que a pessoa já está no 
grau mais alto da literatura de língua portuguesa e Lygia Fagundes Telles, aos seus 90 anos, é uma escritora que deve ser lembrada sempre, pois ela começou na carreira literária, em uma época em que mulheres não poderia nem sair de casa e tão pouco fazer faculdade e ser escritora.

Confira a página no Facebook da escritora Lygia Fagundes Telles, que não tem 'milhões' de seguidores, mas tem algo que os amantes da literatura, precisam saber, que é o amor pela arte de escrever, criar e de mudanças. A página não é administrada por ela, já que a ela não tem nem site oficial, afinal ela é de outros tempos, a página é administrada por Cristiane Brito, que também administra a comunidade da também escritora Hilda Hilst, mas confiram a página da Lygia, para conhecer um pouco dos poemas, contos e textos da autora.

Abaixo confira as obras de Lygia Fagundes Telles:

Romances
Ciranda de Pedra, 1954
Verão no Aquário, 1964
As Meninas, 1973 (Prêmio Jabuti)
As Horas Nuas, 1989

Livros de Contos
Porão e sobrado, 1938
Praia viva, 1944
O cacto vermelho, 1949
Histórias do desencontro, 1958
Histórias escolhidas, 1964
O Jardim Selvagem, 1965
Antes do Baile Verde, 1970
Seminário dos Ratos, 1977
Filhos pródigos, 1978 (reeditado como A Estrutura da Bolha de Sabão, 1991)
A Disciplina do Amor, 1980
Mistérios, 1981
Venha ver o pôr-do-sol e outros contos, 1987
A noite escura e mais eu, 1995
Oito contos de amor, 1996
Invenção e Memória, 2000 (Prêmio Jabuti)
Durante aquele estranho chá: perdidos e achados, 2002
Biruta, 2004
Conspiração de nuvens, 2007
Passaporte para a China, 2011
O segredo e outras histórias de descoberta, 2012

Antologias
Seleta, 1971 (organização, estudos e notas de Nelly Novaes Coelho)
Lygia Fagundes Telles, 1980 (organização de Leonardo Monteiro)
Os melhores contos de Lygia F. Telles, 1984 (seleção de Eduardo Portella)
Venha ver o pôr-do-sol, 1988 (seleção dos editores - Ática)
A confissão de Leontina e fragmentos, 1996 (seleção de Maura Sardinha)
Oito contos de amor, 1997 (seleção de Pedro Paulo de Sena Madureira)
Pomba enamorada, 1999 (seleção de Léa Masima).

Participações em coletâneas
Gaby, 1964 (novela - in Os sete pecados capitais - Civilização Brasileira)
Trilogia da confissão, 1968 (Verde lagarto amarelo, Apenas um saxofone e Helga - in Os 18 melhores contos do Brasil - Bloch Editores)
Missa do galo, 1977 (in Missa do galo: variações sobre o mesmo tema - Summus)
O muro, 1978 (in Lições de casa - exercícios de imaginação - Cultura)
As formigas, 1978 (in O conto da mulher brasileira - Vertente)
Pomba enamorada, 1979 (in O papel do amor - Cultura)
Negra jogada amarela, 1979 (conto infanto-juvenil - in Criança brinca, não brinca? - Cultura)
As cerejas, 1993 (in As cerejas - Atual)
A caçada, 1994 (in Contos brasileiros contemporâneos - Moderna)
A estrutura da bolha de sabão e As cerejas, s.d. (in O conto brasileiro contemporâneo - Cultrix)

Crônicas publicadas na imprensa
Não vou ceder. Até quando?. O Estado de São Paulo - 6 de Janeiro de 1992
Pindura com um anjo. Jornal da Tarde - 11 de Agosto de 1996

Traduções e adaptações

Para o alemão
Filhos pródigos, 1983
As horas nuas, 1994
Missa do galo, 1994
Para o espanhol:
As meninas, 1973
As horas nuas, 1991

Para o francês
Filhos pródigos, 1986
Antes do baile verde, 1989
As horas nuas, 1996
W. M., 199
As meninas 2005 (Les pensionnaires, Brésil 70, un rêve de liberté)

Para o inglês
As meninas, 1982
Seminário dos ratos, 1986
Ciranda de pedra, 1986

Para o italiano
As pérolas, 1961
As horas nuas, 1993
Para o polaco:
A chave, 1977
Ciranda de pedra, 1990 (traduzido também para o chinês e espanhol).

Para o sueco
As horas nuas, 1991
Para o tcheco:
Antes do baile verde, s.d. (traduzido também para russo)

Edições em Portugal
Antes do baile verde, 1971
A disciplina do amor, 1980
A noite escura e mais eu, 1996
As meninas, s.d.

Para o cinema
Capitu (roteiro); parceria com Paulo Emílio Salles Gomes, 1993 (Siciliano).
As meninas (adaptação), 1996

Para o teatro

As meninas, 1988 e 1998

Para a televisão
O jardim selvagem, 1978 (Caso especial - TV Globo)
Ciranda de pedra, 1981 e 2008 (Novela - TV Globo)
Era uma vez Valdete, 1993 (Retratos de mulher - TV Globo)

Prêmios
Prêmio do Instituto Nacional do Livro (1958)
Prêmio Guimarães Rosa (1972)
Prêmio Coelho Neto, da Academia Brasileira de Letras (1973)
Prêmio Pedro Nava, de Melhor Livro do Ano (1989)
Melhor livro de contos, Biblioteca Nacional
Prêmio APLUB de Literatura
Prêmio Bunge (2005)
Prêmio Jabuti
Prêmio Camões (2005)

É isso aí pessoal, se liguem que semana que vem terá entrevista do escritor e jornalista Nil Marques, que vai lançar seu livro "Europa na Mochila", no próximo dia 9 de novembro, em São Paulo, confira semana que vem, aqui em nossa embarcação. 

Boa semana e boa leitura a todos

Um comentário:

  1. O conteúdo é bom, mas infelizmente o texto está cheio de erros de português. Para falar de literatura, ou de qualquer outro assunto, na verdade, a linguagem precisa ser correta.

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