25 de setembro de 2013

[Total Flex] Bate-papo da depressão


É muita bobeira se eu passar o número do celular, esperando ele me ligar? E se eu chamar pra sair?
Não, jamais vou fazer isso. É apenas meu amigo. Nunca vai pensar algo a mais, nem deve sentir nada por mim. Vou esquecer. Isso de tentar apressar uma aproximação, forçando as coisas, nunca dá certo.

Eu sempre começo a conversar, me apaixono pelas fotos, me apaixono pelas conversas, imagino um príncipe e, quando conheço pessoalmente, vejo que não é aquilo que pensei. Provavelmente, dessa vez será assim. Enquanto eu estou imaginando como pode ser nosso futuro, ele deve estar com outra pessoa. Pensando em outra pessoa. Querendo outra pessoa.

Eu me sinto um lixo por não conseguir ao menos conquistá-lo. Não consigo chamar a atenção dele, tampouco dizer que ele está sendo desejado por mim.
Não vou mais provocar. Não vou mais chamar. Não vou mais olhar as fotos e nem faço questão de tê-lo como amigo. Se ele estiver interessado, ele virá conversar por vontade própria.

Mas e se ele também estiver confuso? E se ele estiver esperando o meu próximo contato para também dizer que me quer? Pode ser que não tenha percebido o quanto o quero. Talvez eu esteja perdendo a chance de ser um pouco feliz ao lado dele...

Vou chamar para dizer um “oi”.
Perfeito, ele visualizou. Respondeu.

Agora o nervosismo tomou conta de mim e não sei o que escrever.
“Gosto de você...” Ele visualizou. Dessa vez, não respondeu.

E agora? Eu não devia ter chamado. Que mancada! Deve estar me chamando de idiota, por tabela.

Espera, ele está digitando... Ai, minha nossa...
“Também gosto de você... Como amigo!”
Ok, entendi.


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