21 de agosto de 2013

[Total Flex] Museu do Ipiranga fecha suas portas por tempo indeterminado


Nas semanas que antecede o dia 7 de Setembro - Independência do Brasil -, um dos museus mais antigos da cidade de São Paulo, e de suma importância para o Brasil, ficará fechado por tempo indeterminado. 

O Museu do Ipiranga fechou no dia último dia 5 de Agosto para uma reforma emergencial, mas a grande preocupação agora é quanto ao tempo da reabertura. Os responsáveis pelo estabelecimento prevê apenas para 2022, ano do bicentenário da Independência do Brasil. As reformas começam no próximo ano.

O motivo da reforma se da ao estado do prédio, que encontra-se em situação caótica, com infiltrações, rachaduras, mofo e reboco caindo. O prédio já têm 120 anos.


A responsável por essa revitalização a estrutura do museu será a USP, que anunciou um investimento de cerca de R$ 21 milhões para a reforma apenas do prédio, pois do complexo todo deve-se gastar mais de R$ 100 milhões, que deve incluir também o Corpo de Bombeiros e do Museu de Zoologia.

O abandono do prédio não se da apenas há uma esfera governamental, já que ela é dividida entre os governos municipal e estadual de São Paulo. O Museu também é tombado por três órgãos de esferas diferentes do poder, ou seja, para que seja realizada qualquer intervenção no local há de pedir autorização ao Iphan (federal), do Condephaat (estadual) e do Conpresp (municipal), além da burocracia que dificulta ainda mais a situação.

O Museu do Ipiranga foi inaugurado em 1895, construído pelo arquiteto e engenheiro italiano Tommaso Gaudenzio Bezzi, que idealizou o prédio de um monumento-edifício no local onde aconteceu o evento histórico da Independência do Brasil, embora já existisse esta ideia desde aquele episódio.

Em seu interior possuí um dos maiores acervos da história do Brasil, com mais de 125 mil artigos, entre objetos (esculturas, quadros, joias, moedas, medalhas, móveis, documentos e utensílios de bandeirantes e índios), iconografia e documentação arquivística, do século XVI até meados do século XX, que servem para a compreensão da sociedade brasileira, com especial concentração na história de São Paulo. 

Enquanto as escadarias, representa o Rio Tietê, local do ponto de partida dos Bandeirantes rumo ao interior do país, como por exemplo o Rio Paraná, Rio Paranapanema, Rio Uruguai e o Rio Amazonas. Há homenagens a heróis bandeirantes, como Borba Gato e Anhanguera, que estão representandos por estátuas no salão principal do museu. Além de outros dois principais bandeirantes, Antônio Raposo Tavares e Fernão Dias. E ao centro representado D. Pedro I, como herói da Independência.

Há também pinturas representando a participação paulista em diversos momentos da história brasileira, como o ciclo da caça ao índio, o ciclo do ouro e a conquista do amazonas.

Um museu importante não apenas para São Paulo, mas principalmente para o Brasil, pois foi às margens dele, próximo ao rio Ipiranga que o país ganhou sua independência de Portugal.


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