7 de setembro de 2012

Cabine da Pipoca

por Estela Marques
Divulgação: CharlieChaplin.com

Assisti, há algumas semanas e inclusive comentei no meu twitter (a quem for de interesse, @marquestela), um filme um tanto metalinguístico. Uma das histórias contadas era a do cinema. Nesta, uma das personagens fora produtor, diretor e ator dos seus próprios filmes e isso me fez lembrar do Charlie Chaplin e dos seus vários personagens e variadas funções no mundo da sétima arte.

Quem não se lembra da imagem de um moçoilo vestindo fraque, calças e sapatos maiores que se número; utilizando cartola, bengala e, para terminar de compor o particular visual, um bigode-de-broxa? Carlito, ou o Vagabundo - como conhecido no Brasil - foi o principal personagem de Chaplin em toda sua carreira. Em entrevista dada há alguns anos, ele conta que The Tramp surgiu de uma ideia de última hora. Ao encontrar calças largas, um paletó apertado, uma pequena cartola e um par de sapatos maior que seu número, despertou a vontade de criar um personagem contraditório, cômico (para tanto, terminou de compor o visual com um pequeno bigode), romântico e frustrado nesta última característica. A personagem atuou em Tempos Modernos, dirigido por Chaplin e considerado uma forte crítica ao sistema capitalista, às políticas do imperialismo e liberalismo, ao militarismo e outros comportamentos referentes aos anos 1930.

Em Luzes da Ribalta, Charles Chaplin pôde trabalhar com todos os seus talentos. Ele dirigiu, produziu, financiou, escreveu o roteiro; foi cinematógrafo, músico, regente de orquestra e ator, interpretando Calvero no filme. A personagem é um antigo palhaço de teatro bastante reconhecido que vive o atual fracasso da sua vida enquanto ator. Envolve-se com uma dançarina ao tentar salvá-la de um suicídio e é a partir daí que a história se desenvolve. Ganhou o Oscar de melhor música em 1952 e, no Brasil, foi regravada por importantes intérpretes, como Maria Bethânia.

Seus últimos trabalhos foram A King in New York (1957) e  A Countess from Hong Kong (1967), nos quais ele escreveu, dirigiu, produziu e atuou, fazendo sua última aparição na década de 1960 como mordomo. Após a conclusão deste mesmo filme, sua saúde começou a se fragilizar mais e no meio dos anos 1970 sentia dificuldade para se comunicar e passou a se locomover com a ajuda de cadeira de rodas. No natal de 1977, dormindo, sofreu um derrame cerebral que o levou à morte.



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