Adeus ao Cine Belas Artes

O cinema símbolo de São Paulo fechará suas portas no dia 27 deste mês. O Cine Belas Artes influênciou muitos cinéfilos e cineastas com filmes que marcaram não só uma época, mas uma geração.
Localizado nos arredores da avenida Paulista, com a Rua da Consolação, o espaço foi fundado em 1943 e se transformou em um reduto do cinema de arte no final da década de 1960 e se manteve assim por longos anos, até mesmo com sua reabertura em 1983, com seis salas. O Cine Belas Artes era o primeiro multiplex brasileiro.
A nossa geração o via como uma opção dos cinemas dos shoppings e aos filmes comerciais, mas para quem viveu a década de sua fundação, representava a liberdade de expressão artística e cultural.
O fechamento do cinema gerou debates e mobilizou muita gente na internet, sendo um dos assuntos mais comentados no Twitter, dando origem a um abaixo-assinado virtual, que já consta com quase cinco mil assinaturas, mas nada concreto a reverter esta situação.
André Sturm, administrador do espaço afirma ter projetos e ideias com seu braço direito no cinema e na distribuidora Pandora Filmes, Léo Mendes, que há possibilidades da abertura de uma nova sala na cidade. Segundo ele, ainda não se sabe se a marca será mantida, mas a equipe está em busca de imóveis para sediar o futuro cinema.
“Faremos questão de manter o perfil da programação, mesmo que com outro nome e endereço. Vamos continuar, inclusive, com o Noitão”, afirma Mendes, em referência à maratona que o Belas Artes promovia mensalmente, com a exibição de três filmes, começando à meia-noite e entrando madrugada adentro, como se fazia nos anos 1960. Os tempos são outros, mas o espírito cinéfilo, aos trancos e barrancos, esse se mantém.
Agora fica a dúvida!?
Onde estão os poderosos banqueiros no Brasil, para incentivar o cinema e os espaços culturais que temos aqui?
Acreditamos que se algum banco apoiar, eles conseguem reabrir o espaço e até mesmo fundar outras sedes em regiões mais carentes de cultura em São Paulo. Só tem que ter um pouco de incentivo financeiro daqueles que tem mais, para aqueles que necessitam viver de cultura.
Vamos repensar um pouco, onde e como estamos investindo em cultura em nosso país.
Ouviu dna. Dilma!!!

por: @nickacarter